BASES CIENTÍFICAS DAS PRÁTICAS TERAPÊUTICAS INTEGRATIVAS (TERAPIAS HOLÍSTICAS)

Bases Científicas das Práticas Terapêuticas Integrativas (Terapias Holísticas)
Por: Karla Behring Cardoso
 

As Práticas Terapêuticas Integrativas, também conhecidas como Terapias Holísticas, são cada vez mais aceitas e recomendadas na atualidade, visto os benefícios acrescidos aos tratamentos ortodoxos convencionais.

Nestas práticas o ser é visto de forma integral, e os profissionais que atuam nesta área trabalham em vários âmbitos: físico, mental e emocional, pois compreende-se que os aspectos citados estão inter-relacionados e são responsáveis pela saúde ou distúrbios da mesma.

Podemos entender essas terapias como resgate da medicina natural. Na UNISUL (Universidade do Sul de Santa Catarina) na área de saúde existe a graduação em Naturologia Aplicada com disciplinas que enfocam práticas, técnicas e métodos terapêuticos de conhecimentos milenares.

A Graduação em Naturologia Aplicada, por exemplo, forma profissionais com conhecimentos transdisciplinares que atuam em um campo igualmente transdisciplinar; estuda e explora práticas e métodos naturais, tradicionais e modernos para o cuidado humano, visando a expansão, manutenção e recuperação da saúde, assim como a melhoria da qualidade de vida e o equilíbrio do ser humano com o ambiente e a sociedade em que vive.

Recentemente podemos ver que nos anais do IV Congresso Brasileiro de Naturologia relata-se que os sintomas de diversas doenças diminuem ou são excluídos quando aplicadas às práticas terapêuticas integrativas, o que contribui para reduzir a quantidade de medicamentos, visitas a consultórios médicos, entre outros benefícios.

Podemos relacionar como Práticas Integrativas e Complementares as técnicas de: massoterapia, cromoterapia, reflexoterapia, aromaterapia, hidroterapia, arteterapia, irisdiagnose, florais, fitoterapia, homeopatia, musicoterapia, geoterapia, cristalterapia, acupuntura, cromopuntura. Esses conhecimentos e suas aplicações, contemporaneamente, são baseadas em estudos científicos, configurando uma ciência e arte de curar que agregam a experimentação e a comprovação.

No concernente à Cromoterapia podemos defini-la como o uso das cores visando o tratamento de distúrbios orgânicos e emocionais.

A prática de Cromoterapia, por exemplo, remonta os primórdios da humanidade na Antiguidade, desde os templos de Heliópolis no Egito, como na China e na Índia. Caminhando pela história da humanidade podemos observar o interesse, estudo e aplicação do uso das cores em tratamentos da saúde desde Paracelso, médico e botânico, Pitágoras, Hipócrates, Platão, Aristóteles, Plínio, Leonardo da Vinci e Goethe. Em termos científicos podemos relacionar de Isaac Newton (séc. XVII). Entretanto, quem pesquisou e explicou cientificamente, no séc. XX, os efeitos benéficos dos diferentes espectros das cores no organismo foi D. P. Ghadiah, cientista indiano (1933).

Fritz A. Popp, biofísico alemão, desenvolveu um trabalho onde demostrou que as células emitem luz, e que este efeito representaria uma espécie de biocomunicação, como um código mensageiro de regulação para os processos biofísicos. Este estudo foi baseado na Teoria dos Fótons de Albert Einstein.

Com o interesse e avanço dos estudos e pesquisas científicas em Cromoterapia podemos, cada vez mais, verificar evidências em sua eficácia propiciando benefícios na complementação à medicina ortodoxa convencional no tratamento e prevenção de doenças, distúrbios, transtornos, resultando em saúde física e psíquica.

Do mesmo modo que a Cromoterapia, a Aromaterapia engloba as práticas terapêuticas integrativas. Os óleos essenciais têm inúmeros efeitos sobre o organismo, agindo na restauração energética tanto no aspecto emocional, quanto no aspecto físico.

A base mais atuante da aromaterapia é através da inalação. Nosso sentido olfativo requer a presença de uma molécula odorífera que é registrada no cérebro quando o ar é exalado ou inalado. As substâncias aromáticas acionam o sistema límbico, sem que o córtex cerebral as registre. Assim sendo, elas chegam aos centros de controle mais profundos do cérebro, ou seja, ao lugar onde estão armazenadas as informações a respeito dos odores. 

Os estudos mostram que os óleos essenciais desencadeiam um efeito físico imediato sobre os pulmões, assim como são capazes de passar diretamente deles para a corrente sanguínea, que os transporta para o corpo todo. Uma vez no sangue, esses óleos podem gerar efeitos sobre qualquer órgão pelo qual passem e promover ação revitalizante. Ao inalarmos os óleos essenciais, suas moléculas perfumadas também são levadas pelo ar diretamente para o alto do nariz, onde está situado o epitélio olfativo; assim, as moléculas aromáticas são captadas e levadas direto para o cérebro. 

Diversos estudos demonstraram que os óleos essenciais, com propriedades que promovem o relaxamento e a sedação, auxiliam muito no tratamento de casos de ansiedade, estresse e depressão. De acordo com as pesquisas realizadas para estes estudos, a Aromaterapia é a arte da ciência que visa promover a saúde e o bem-estar do corpo, da mente e das emoções, por meio do uso terapêutico do aroma natural das plantas e seus óleos essenciais, garantindo, assim, a qualidade de vida, fatores que a conferem reconhecimento como grande alternativa terapêutica integrativa para vários agravos da saúde humana.

Referência bibliográfica

Aromaterapia científica na visão psiconeuroendocrinoimunológica: um panorama atual da aromaterapia clínica e científica no mundo e da psiconeuroendocrinoimunologia.   https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-11032010/pt-br.php  

Aromaterapia e enfermagem: concepção histórico-teórica. https://www.scielo.br/pdf/reeusp/v50n1/pt_0080-6234-reeusp-50-01-0130.pdf

Aromaterapia no auxílio do combate ao estresse: bem-estar e qualidade de vida. https://www.uniararas.br/revistacientifica/_documentos/art.6-014-2015.pdf

Aromaterapia e suas aplicações. https://www.saocamilo-sp.br/pdf/cadernos/36/07_aromaterapia.pdf

As cores no ambiente de terapia intensiva: percepções de pacientes e profissionais. https://www.scielo.br/pdf/reeusp/v40n3a04.pdf

Comprovação científica das essências Florais de Bach. https://florais.com.br/site/comprovacao-cientifica

Cromoterapia: um importante recurso terapêutico para a Terapia Ocupacional. https://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2006/inic/03/Sa%FAde%20inic%20X008.pdf

O embasamento científico da cromoterapia. https://artigos.netsaber.com.br/resumo_artigo_13027/artigo_sobre_o-embasamento-cientifico-da-cromoterapia

O impacto da cromoterapia no comportamento do paciente odontopediátrico. https://periodicos.ufes.br/RBPS/article/viewFile/350/261

Panorama das pesquisas científicas sobre cromoterapia: uma revisão integrativa. https://portaldeperiodicos.unisul.br/index.php/CNT/article/view/1026/952

 

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